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Com frequência escuto a seguinte frase: Queria
tanto gostar! Estudantes precisam estudar e ler muito para não repetir o ano,
mas não gostam das tarefas que envolve o estudar; e têm os trabalhadores que
não apreciam o trabalho no qual estão, mas precisam do salário para pagar
contas; algumas pessoas precisam mudar hábitos alimentares e inserir atividades
físicas em sua rotina para não perder a saúde, mas permanecem no sedentarismo...
Desta forma, estamos apenas tentando driblar as
consequências aversivas! Mas será que é possível fazer de outra maneira e
modificar o comportamento para obter ganhos e realizar uma tarefa porque
“gostamos do que estamos fazendo?”, porque somos recompensados não somente pelo
alívio de nos livrar de um aversivo, mas também, pela felicidade de concluir
algo com êxito, alcançar um objetivo e desenvolver uma habilidade que melhora o
desempenho! Sim, ouso dizer que sim, nós podemos! E como isso pode ocorrer? Com
planejamento.
Segundo Skinner "Seja inato ou adquirido, o
comportamento é selecionado por suas consequências.” (1983, p.155). Então, você
já sabe de qual comportamento precisa aprender a gostar?
Em análise
do comportamento verificamos uma tríade de elementos (CONTEXTO- COMPORTAMENTO-
CONSEQUÊNCIA) para avaliar o comportamento funcionalmente, identificar
repertório atual e programar sua modificação. Alguns comportamentos são
imprescindíveis para atingir objetivos particulares. Só é estudante quem
estuda, só é trabalhador quem trabalha e quando o assunto é melhorar o
desempenho, especificar condutas para desenvolver e fortalecer um repertório
comportamental compatível com os objetivos é um bom caminho, que pode ficar
ainda melhor de trilhar quando aprendemos a amar o que fazemos.
"Quando
nosso comportamento é reforçado positivamente, nós dizemos que gostamos do que
estamos fazendo; dizemos que estamos felizes." (Skinner, 1978 , p.5)
Luciana Alves
Psicóloga
Analista do comportamento
Especialista em liderança
Consultora Organizacional Consulte3C
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